Skip to content

Toda descrição da realidade parte de um modelo. Modelos permitem observar, organizar, prever e atuar. Nenhum modelo esgota aquilo que descreve. Nenhum modelo alcança a essência do que observa.

Na física, surge a ideia de força. Força gravitacional, força eletromagnética, força forte, força fraca. Cada uma com definições matemáticas, com modelos operacionais, com instrumentos de medição e com aplicações práticas.

Ao mesmo tempo, permanece uma pergunta aberta: O que é, afinal, uma força?

A própria ciência admite a ausência de resposta definitiva. Força não se apresenta como substância, nem como objeto. Força se manifesta enquanto interação, enquanto relação, enquanto consequência observável.

A gravidade atrai corpos. Por quê? A força eletromagnética permite que a matéria se mantenha estruturada, permite que existam átomos, moléculas, corpos e sistemas. Mas o que é essa força? A força forte mantém núcleos atômicos coesos. A força fraca permite decaimentos, transformações nucleares, equilíbrio cósmico.

Essas forças estruturam o universo observável. Produzem estrelas, planetas, moléculas, organismos e pensamentos. São detectáveis por seus efeitos. São manipuláveis por seus resultados. Mas sua natureza permanece misteriosa.

Ao mesmo tempo, o Modelo Padrão não oferece respostas para perguntas como: - A origem da gravidade. - A natureza da matéria escura. - A composição da energia escura. - A origem das massas dos neutrinos.

A Teoria de Tudo

A busca por uma Teoria de Tudo representa o esforço por uma formulação que una todas as forças conhecidas, incluindo a gravidade, em um único modelo matemático coerente. Diversas propostas emergem desse esforço: - A gravitação quântica. - As teorias de supercordas. - A gravidade quântica em loop. - Modelos baseados em simetria, supersimetria e teorias de calibre ampliadas.

Essas propostas compartilham a intenção de descrever toda a realidade física observável a partir de princípios unificados, onde forças, partículas, campos e interações se revelam como expressões de uma mesma estrutura fundamental.

O universo, nessa perspectiva, se apresenta como uma manifestação de padrões, relações, interações e processos. Um campo único, de onde emergem matéria, energia, espaço, tempo e consciência.

Essa busca por uma Teoria de Tudo, mesmo quando expressa em linguagem matemática, se aproxima daquilo que, nas tradições filosóficas e espirituais, recebe nomes como Logos, Tao, Dharma, Força, Deus, Energia, Vácuo Quântico ou Campo Unificado.

O JAM observa essa convergência. Reconhece a força como conceito presente tanto na física quanto na filosofia, tanto na ciência quanto na espiritualidade, tanto na linguagem dos laboratórios quanto na linguagem dos mitos.