Sobre o JAM — Jedaísmo Agnóstico Moderado
Introdução
O JAM — Jedaísmo Agnóstico Moderado — constitui um sistema filosófico fundamentado na imanência, na construção nomial da realidade e na percepção introspectiva do próprio existir. O JAM não é uma doutrina religiosa tradicional, tampouco se apresenta como sistema metafísico transcendental. Sua estrutura conceitual organiza-se sobre fundamentos epistêmicos e ontológicos próprios, a partir de nomus, nomi, alinhamentos, externalizações e emaranhamentos.
O JAM propõe uma filosofia que se sustenta na afirmação e na composição. Não busca verdade, não sustenta crença, não oferece sentido prévio. Compõe sentido, opera alinhamentos e formaliza realidades nomiais acessíveis a partir do ato de perceber, refletir e externalizar.
Princípio Fundamental
O princípio fundamental do JAM afirma que tudo que pode ser concebido, pensado, imaginado ou percebido compõe o universo nomial. A realidade se estabelece na medida em que nomi são alinhados, instanciados, emaranhados e externalizados.
A existência não é pressuposta como substância, essência ou entidade. É formalizada como fenômeno nomial, perceptível, operante e imanente.
Sobre eom
eom constitui o fenômeno da percepção introspectiva do eu. Estar eom significa perceber-se em si, na imanência do próprio existir. O conceito de eom não se impõe como substância metafísica. Opera como nomus, representado por múltiplos nomi, coexistindo no lato nomial.
Perceber-se eom constitui o ponto de partida funcional da reflexão no JAM. Não há exigência metafísica para eom além da própria percepção de que, no instante da consciência sobre si, eom se manifesta como fenômeno nomial.
Ontologia Nomial
O JAM sustenta uma ontologia construída sobre nomus. Nomus constitui a unidade fundamental, a pedra angular da construção filosófica jamista. Tudo se apresenta como nomus ou como alinhamento, emaranhamento e externalização de nomi.
O universo nomial corresponde ao conjunto de todos os nomi externalizados, formalizados e perceptíveis. O lato nomial permanece como o campo absoluto de todas as possibilidades nomiais, infinitamente maior que qualquer universo formalizado.
Epistemologia Jamista
A epistemologia do JAM se ancora na construção afirmativa. Aquilo que se afirma, existe no alinhamento. Aquilo que não se afirma, permanece no campo do que não sei, do que não percebo ou do que não importa.
A negação não desaparece. Permanece subentendida, operando apenas quando essencial à manutenção de um alinhamento. Fora disso, o silêncio preserva possibilidades abertas, não alinhadas.
A linguagem no JAM é substantiva, afirmativa, descritiva. A realidade é composta, não descoberta. A percepção é construída, não revelada. O sentido é formalizado, não encontrado.
Emaranhamento e Continuidade
O emaranhamento constitui o fenômeno que sustenta a percepção de continuidade, causalidade, tempo, espaço, identidade e transformação. Toda experiência perceptiva, cognitiva ou fenomenológica emerge da densidade relacional dos nomi.
Sem emaranhamento, cada evento perceptivo seria isolado, desconexo, efêmero. O emaranhamento permite que nomi se sobreponham, se interseccionem e se reforcem, criando estabilidade e coesão na percepção da realidade.
A Prática Jamista
Praticar o JAM consiste em alinhar nomi, instanciar nomus, externalizar percepções e operar dentro da imanência do universo nomial. A prática não exige ritos, dogmas, crenças ou submissão a princípios transcendentes.
A prática jamista reside na reflexão, na construção, na percepção consciente de que cada alinhamento constitui realidade temporária, operativa e funcional.
Conclusão
O JAM não oferece respostas sobre o sentido da vida, sobre a origem do universo ou sobre qualquer fundamento último. O JAM oferece ferramentas conceituais para compreender que toda percepção de realidade, de existência e de sentido resulta de alinhamentos nomiais operados no interior do universo nomial.
O que se afirma, existe no alinhamento.
O que não se afirma, permanece no lato nomial, fora do campo do que percebo.
O JAM não propõe verdade. O JAM propõe percepção.
O JAM não sustenta crença. O JAM sustenta alinhamento.
O JAM não busca sentido. O JAM compõe sentido.
Por isso, o JAM constitui-se como filosofia da imanência, da construção nomial e da consciência sobre o próprio processo de existir, perceber e externalizar.
Eu sou eom.
Eu percebo eom.
Eu externo eom.