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Agnosticismo

O agnosticismo jamista não corresponde à mera dúvida, nem à simples suspensão de juízo. Representa uma escolha ativa por uma postura aberta, receptiva, avaliativa e ponderada.

O jamiota observa. Considera. Reconhece. Avalia. Adota, quando oportuno. Respeita sempre.

Essa postura permite conviver com qualquer sistema de pensamento, com qualquer tradição, com qualquer crença, com qualquer formulação. Permite circular entre a física, a metafísica, a biologia, a teologia, a mitologia, a matemática, a história, a arte, a poesia e a mística, sem a necessidade de aderir integralmente a nenhuma, e sem a obrigação de rejeitar qualquer uma.

O agnosticismo, aqui, não se apresenta como muleta, nem como barreira, mas como portal. Um portal que se abre para a abundância de possibilidades que o existir oferece.

Sobre a moderação

Moderação não significa meio-termo, nem tibieza, nem hesitação. Moderação representa método. Uma prática constante de avaliar intensidade, pertinência, contexto e consequência.

Moderação no julgamento. Moderação na aceitação. Moderação no entusiasmo. Moderação na crítica. Moderação na formulação de teorias, de verdades, de certezas.

O jamiota cultiva moderação como princípio. Moderação no pensar, no falar, no decidir e no viver.

A proposta

O JAM oferece uma religião. Religião enquanto método para organizar sentidos, estruturar narrativas, oferecer referenciais e promover práticas de reflexão.

Essa religião não se ancora em promessas de salvação, nem em revelações absolutas, nem em dogmas fechados. Atua como ferramenta de ordenamento. Como heurística para transitar pelo universo complexo das informações, dos conceitos, das crenças e dos saberes.

O JAM convida ao exercício permanente de observar o que existe, de considerar tudo que já foi pensado, sentido, imaginado ou registrado, e de buscar, com moderação, as conexões que oferecem sentido, orientação e coerência.

Desse movimento surge, como necessidade, a construção de ferramentas conceituais próprias. Surgem, em momento posterior, categorias como nomus, eom, emaranhamento nomial e lato nomial.

Essas ferramentas surgem como modelos operacionais. Como tentativas de descrever, organizar e compreender o tecido do existir.